
Finalmente o morcego renasce. Oito anos após Batman & Robin (vou poupar o sr. Joel Schumacher ás críticas habituais, já todos sabem que ele fez um péssimo trabalho) Bruce Wayne e seu alter ego estão de volta ás ruas de Gotham City. Largamente publicitado e esperado pelos fãs, ainda mais depois da promessa que foi feita de que este iria trazer à saga a seriedade que lhe é devida, Batman Begins é o primeiro tijolo na nova história do super-herói.
Batman sempre foi o meu herói preferido. Confesso que nunca vi Batman & Robin, pelo menos na sua totalidade, ainda assim, qualquer um se apercebia de que aquele não era o caminho a seguir. Parecia tarefa impossível fazer melhor que Tim Burton. Mas agora, subitamente, todo o trabalho de Tim Burton afinal não estava assim tão bom, ou dizem as más línguas. Esta é uma história diferente, não necessariamente melhor mas também longe de ser pior. Uma coisa é indiscutível, apesar de Michael Keaton ter sido um Batman inesquecível, Christian Bale está perfeito no papel. Nenhum dos anteriores (e acho que me refiro só a Michael Keaton e Val Kilmer, porque George Clooney foi tudo menos Batman) tinha conseguido construir tão bem Bruce Wayne e Batman como dois personagens distintos. Por trás da máscara aparece finalmente a figura de herói/vilão. Protegido pelo anonimato este não receia agir, ser implacável e assustador. É admirável o trabalho de voz de Cristian Bale para dar credibilidade ao seu personagem. Uma das mais conhecidas críticas aos super-heróis era o facto de apesar de estarem mascarados ser facil reconhecê-los. Neste caso a tarefa de descobrir Bruce Wayne (ou mesmo Christian Bale) é difícil.
Todo o treino a que é submetido, os anos de exílio a vivência a que se submete, revelam um passado desconhecido que ajuda a entender as verdadeiras motivações de Bruce Wayne. E é disso que se trata Batman Begins, de conhecer o homem por trás da máscara. Perceber que um herói não nasce por acaso. O super elenco que enche este filme não deixa nenhum personagem por mãos alheias com excepção de Katie Holmes. A nova sra. Cruise não aquece nem arrefece, não cativa e quanto a mim era totalmente dispensável. Havia toda uma sensualidade em Kim Bassinger e Michelle Pfeiffer que enchia o ecrã, sem ser preciso elas dizerem muito. Katie Holmes precisava de um uns neons para se fazer notar. (Apenas como curiosidade também outra sra. Cruise foi um dos interesses amorosos de Bruce Wayne. Nicole Kidman em Batman Forever, ainda que esta não tivesse tido uma prestação tão má como a de Katie Holmes.)
Os aspectos negativos deste novo Batman remetem-nos mais uma vez para comparações com os de Tim Burton. Falta a magia que envolvia os primeiros, o gosto de se estar a fazer um filme sobre tão venerada figura da BD. Este toma uma posição demasiado séria e rígida e não deixa que a imaginação tome conta do filme. Acaba por ser demasiado limitador termos tudo explicado ao pormenor. Afinal de contas, por mais real que se queira ser, Batman é apenas uma figura de uma banda desenhada que nasceu para alimentar a imaginação de muitas pessoas pelo mundo fora.
Mais uma vez somos surpreendidos com os vilões da história, com um espantalho no seu melhor, realmente de meter medo. Ainda assim, mais uma vez como forma de se distanciar dos filmes anteriores, neste filme a personagem central é Bruce Wayne/Batman, os vilões nunca assumem um papel de protagonismo como aconteceu com Pinguin, Joker ou até mesmo Catwoman.

A minha classificação é de: 8/10Etiquetas: Criticas |
Epa, não consegui gostar tanto do filme como tu. Até considero que o termo desilusão é demais, mas não é um grande filme, mas será um grande arranque para quem sabe um próximo filme bastante mais interessante.
Cumprimentos
Se tiveres curiosidade http://rollcamera.blogspot.com